O Governo angolano reafirmou terça-feira, em No-va Iorque, o seu compromisso com a promoção de Políticas de Igualdade de Género e do Empoderamento das Mulheres e Meninas, que concorrem para a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Esta garantia foi dada pela ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Victória da Conceição, quando discursava no debate geral da 62ª Sessão da Comissão das Nações Unidas sobre o Estatuto da Mulher (CSW na sigla em inglês), que decorre de 12 a 23 do corrente mês, na sede da ONU.
 “O Executivo angolano coloca o género como prioridade na Agenda Nacional, tendo em conta a igualdade de oportunidades entre mulheres e homens, com vista a tornarem-se social e politicamente activos, tomarem decisões e formularem políticas mais representativas e mais inclusivas que conduzam ao desenvolvimento sustentável do país”, assegurou.
A chefe da delegação angolana ao evento salientou que para o alcance deste desiderato é fundamental a advocacia do Parlamento, acrescentando que a igualdade de género e o empoderamento das mulheres e raparigas nas zonas rurais constituem uma prioridade e premissa estratégica de Angola com vista à redução da pobreza.
De acordo com a governante, Angola tem registado avanços na promoção da igualdade entre homens e mulheres, no combate à discriminação e violência com base no género, progressos que “reflectem a adopção e implementação de Políticas e Planos de Acção abrangentes para o combate à violação dos direitos da mulher”.
Depois de frisar que a população angolana é constituída maioritariamente por mulheres, perfazendo uma cifra de 52%, a responsável sublinhou que a mulher do meio rural, em Angola, desempenha um papel relevante na contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) e constitui o pilar das famílias que, na sua maioria, são chefiadas por senhoras.
“Por este facto, o Executivo Angolano tem in-vestido em programas e projectos multissectoriais, para fortalecer o apoio à mulher do meio rural”, disse a ministra, que esteve acompanhada pelas deputadas Isabel João Miguel Sebastião Pelinganga e Albertina Navemba Ngola Felisberto, pelo Representante Permanente junto da ONU, embaixador Is-mael Gaspar Martins, e pela Provedora Geral Adjunta da Justiça, Antónia Florbela Araújo.
Segundo Victória da Conceição, um amplo programa de auscultação e intervenção denominado “Diálogo com as Mulheres Rurais”, efectuado nas 18 províncias do país, permitiu auscultar 42.246 mulheres no meio rural, culminando com a  realização do Fórum Nacional de Auscultação à Mulher Rural, do qual participaram mais de 2.150 mulheres sob a presidência e condução directa do Presidente da República.
A ministra informou que o Programa Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza permitiu a cedência de terras aráveis e meios de produção agrícola, do programa de apoio de cultivo e distribuição de equipamentos, acções de formação e treinamento a famílias no domínio da produção e transformação na agricultura, sobretudo na criação do próprio negócio. 
A ministra congratulou com a aprovação da Lei das Cooperativas, por facilitar às mulheres a criarem co-operativas e associações, com o objectivo de aumentar a renda familiar, garantindo o bem-estar das fa-mílias e o fomento do desenvolvimento local, que culminou na redefinição de uma política de facilitação de crédito.